segunda-feira, 19 de março de 2012

META - RESPONSABILIDADE E NECESSIDADE

Meta é coisa muito séria e é consenso universal que elas são fundamentais em todas as atividades na área de negócios ou em qualquer outra. Isso não se discute.

Meta tem de ser desafiadora, difícil mesmo, mas factível. É necessário ser de conhecimento geral nos seus detalhes e acompanhamento sistematizado.

Em processo bem democrático, antes de fixá-las os envolvidos podem e devem discuti-las amplamente sem, entretanto, perder de vista os interesses e necessidades da empresa, mas uma vez definidas passam a ser obrigação e só resta cumpri-las.  

O acompanhamento diário do andamento das metas deve ser obsessivo, qualquer desvio, por menor que seja, tem de ser compensado de imediato. 

Vicente Falconi (*), respeitado consultor de gestão, co fundador e presidente da consultoria INDG e Fundação Dom Cabral (considerada uma das cinco melhores escolas de negócios do mundo), autor de vários livros de sucesso entre empresários e estudiosos de administração, hoje responsável por seção especializada daquela publicação, que até pouco tempo era coberta por Jack Welch, escreveu um texto antológico na revista Exame (25/01/2012) sobre a responsabilidade de cumprimento de metas em empresas. 

Respondendo a pergunta de leitor sobre o não pagamento de bônus vinculado a meta alcançada por seu setor, mas não cumprida pela empresa, discorre magistralmente sobre o caráter eliminatório desse alvo, que é do todo e que se não for batido por esse todo, ninguém ganha. 

No desdobramento de sua argumentação define claramente que a responsabilidade de cumprimento de meta é do líder, do chefe. Registra: “Líder é quem bate meta, com seu time e seguindo as regras do jogo. Chefia é lugar de líder. Quem não é capaz de buscar recursos e conduzir seu time em direção à meta deveria dar seu lugar a outro”. 

Diz mais: “Para bater meta é necessário ter um time bom e bem treinado, capaz de atingir objetivos difíceis utilizando seus conhecimentos de processos e de métodos. Ou buscando novos conhecimentos até que o resultado almejado seja batido. Quem bate meta é gente. Portanto sem boa gestão de gente, conduzida pelos executivos é difícil chagar lá”. 

Escreve ainda: “... se a meta estava boa (... e não foi cumprida), então deve ter muito líder fraco ou despreparado em sua empresa.” 

O texto, de autoridade respeitada, é forte mas realista e pragmático e dispensa maiores comentários. A responsabilidade fica evidente. 

Em outro extremo, e para explicitar o caráter geral da necessidade de metas, há um texto lapidar de um jovem, na verdade um “teen”, Jahilton Pavlak, bicampeão brasileiro de Kart, postado em seu blog, onde ele revela que, depois de ler sobre administração, estabelece metas para tudo que faz e as torna públicas, com acompanhamento semanal por coerência.  Sem entrar em consideração sobre a meta (**), a iniciativa realmente merece citação. 

Registre-se, um adolescente reconhece a necessidade de estabelecê-la e se comprometer com ela! 

Precisa mais?

(*)     Recomendo ler: O Verdadeiro Poder – Vicente Falconi – INDG R$40,00
(**) A meta da Pavlak é centrada na busca de patrocinador e, pela forma que foca seu objetivo e os resultados já alcançados nas pistas, merece que alguém assuma esse investimento.

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