Meta tem de ser desafiadora,
difícil mesmo, mas factível. É necessário ser de conhecimento geral nos seus
detalhes e acompanhamento sistematizado.
Em processo bem democrático,
antes de fixá-las os envolvidos podem e devem discuti-las amplamente sem,
entretanto, perder de vista os interesses e necessidades da empresa, mas uma
vez definidas passam a ser obrigação e só resta cumpri-las.
O acompanhamento diário do
andamento das metas deve ser obsessivo, qualquer desvio, por menor que seja,
tem de ser compensado de imediato.
Vicente Falconi (*), respeitado
consultor de gestão, co fundador e presidente da consultoria INDG e Fundação
Dom Cabral (considerada uma das cinco melhores escolas de negócios do mundo),
autor de vários livros de sucesso entre empresários e estudiosos de
administração, hoje responsável por seção especializada daquela publicação, que
até pouco tempo era coberta por Jack Welch, escreveu um texto antológico na
revista Exame (25/01/2012) sobre a responsabilidade de cumprimento de metas em
empresas.
Respondendo a pergunta de leitor
sobre o não pagamento de bônus vinculado a meta alcançada por seu setor, mas
não cumprida pela empresa, discorre magistralmente sobre o caráter eliminatório
desse alvo, que é do todo e que se não for batido por esse todo, ninguém ganha.
No desdobramento de sua
argumentação define claramente que a responsabilidade de cumprimento de meta é
do líder, do chefe. Registra: “Líder é quem bate meta, com seu time e seguindo
as regras do jogo. Chefia é lugar de líder. Quem não é capaz de buscar recursos
e conduzir seu time em direção à meta deveria dar seu lugar a outro”.
Diz mais: “Para bater meta é
necessário ter um time bom e bem treinado, capaz de atingir objetivos difíceis
utilizando seus conhecimentos de processos e de métodos. Ou buscando novos
conhecimentos até que o resultado almejado seja batido. Quem bate meta é gente.
Portanto sem boa gestão de gente, conduzida pelos executivos é difícil chagar
lá”.
Escreve ainda: “... se a meta
estava boa (... e não foi cumprida), então deve ter muito líder fraco ou
despreparado em sua empresa.”
O texto, de autoridade respeitada,
é forte mas realista e pragmático e dispensa maiores comentários. A
responsabilidade fica evidente.
Em outro extremo, e para
explicitar o caráter geral da necessidade de metas, há um texto lapidar de um
jovem, na verdade um “teen”, Jahilton Pavlak, bicampeão brasileiro de Kart,
postado em seu blog, onde ele revela que, depois de ler sobre administração,
estabelece metas para tudo que faz e as torna públicas, com acompanhamento
semanal por coerência. Sem entrar em consideração sobre a meta (**), a
iniciativa realmente merece citação.
Registre-se, um adolescente
reconhece a necessidade de estabelecê-la e se comprometer com ela!
Precisa
mais?
(*) Recomendo
ler: O Verdadeiro Poder – Vicente Falconi – INDG R$40,00
(**) A meta da Pavlak é centrada
na busca de patrocinador e, pela forma que foca seu objetivo e os resultados já
alcançados nas pistas, merece que alguém assuma esse investimento.
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