Gente é que
importa, é o que faz as coisas acontecerem!
Então é
fundamental colocar gente no centro dos “Temas para Meditação” coerente com os
propósitos desse blog e, por isso, vamos compartilhar algumas idéias sobre esse
assunto a partir de três colocações muito simples e difíceis para os seres
humanos assumirem. São elas: “Eu não sei”, “Preciso de auxílio” e “Eu estava
errado”.
No ambiente de
trabalho essas frases podem ter implicações significativas.
1. Eu
não sei.
É impressionante
o número de pessoas que temem essas palavras com receio de demonstrarem
fraqueza ou serem consideradas incapazes.
Ledo engano!
O advogado Mark
McCormack, já falecido, fundador da IMG e que se notabilizou como empresário de
inúmeros atletas profissionais do porte de Bjorn Borg, Chris Evert, Peter
Sampas, Michael Schumaker, Tiger Woods, da modelo Kate Moss e que se envolveu
em projetos especiais para Margareth Thatcher e Mickhail Gorbachev, contou que no
contato inicial com seu cliente inaugural, Arnold Palmer, primeira grande
estrela televisiva do golf americano, que de pronto só podia lhe garantir duas
coisas: primeiro, que quando não soubesse alguma coisa lhe diria e, segundo,
que quando não soubesse acharia alguém que soubesse.
Com o correr do
tempo aprendeu muitas coisas, mas continuou a usar as palavras “eu não sei”
mais e mais tempo, mesmo quando sabia e isso com o propósito de conseguir mais
informações, de poder comparar versões de coisas que já sabia e também para
apresentar um estilo mais “reservado” em oposição ao de sabe tudo. Ele vivia em
meio a “estrelas” de primeira grandeza.
Em seus
comentários sobre o tema alerta as pessoas que não admitem que não sabem para o
risco que correm de colocarem em dúvida o que realmente sabem.
2. Preciso
de auxílio.
Algumas pessoas
receiam pedir ou aceitar ajuda por acreditarem estarem fazendo provas de que
são incapazes no seu trabalho.
Outro ledo
engano!
Não pedir ajuda
é falta de visão e estreiteza de raciocínio. Ao contrário, buscá-la é meio de
aprendizado, de expansão de conhecimento, de capacidade e de seu valor para a
empresa.
Lógico que há
limites. Solicitar repetidas vezes a mesma ajuda pode indicar certa dificuldade
de aprendizagem, mas na maioria das vezes as pessoas tendem mais a não buscar
ajuda suficiente do que pedi-la em excesso.
Importante
também é saber prestar ajuda quando solicitada. As pessoas que relutam em
dividir seu conhecimento, seus contatos com outros dentro da mesma companhia
simplesmente não poderão contar com apoio muito significativo quando precisarem
dele.
Qualquer administração
esclarecida irá se lembrar e reconhecer sua disposição para aceitar e oferecer
ajuda e todas as organizações bem dirigidas dispõem de mecanismos para conciliar os interesses
individuais com o interesse da organização. O que não se permite é que o interesse
individual se sobreponha ao interesse empresarial.
3. Eu
estava errado.
Essa é difícil
mesmo.
Admitir o erro
requer coragem, mas é preciso fazê-lo. Quanto menos seguras as pessoas são em
relação às suas capacidades, maiores serão as dificuldades para admitir seus
erros. Não é o erro em si que conta, mas sim a maneira como ele é manipulado
que forma a impressão duradoura.
As pessoas
estariam melhores e seriam vistas de maneira diferente se conseguissem admitir
seus erros e avançar com eles ao invés de desperdiçar tempo de outras pessoas
tentando racionalizar, encobrir ou atribuir a culpa à outra coisa qualquer.
O admitir o erro
é essencial para ter condições de aprender com eles, deixá-los para trás e
caminhar em busca de outras coisas que conduzirão ao sucesso.
Essa questão é a
mais complexa das três. Os níveis de tolerância das empresas com os erros
variam radicalmente em função de diversos fatores como o momento especial que
esta vivendo, tanto interno quanto externo, o dinamismo de seu setor da
atuação, o nível de desenvolvimento tecnológico, sua cultura e vários outros
fatores.
Sem alongar no
assunto, nos limites dessas postagens, queremos registrar a importância de se
criar ambiente de confiança e respeito onde a figura do medo possa ser abolida
e que todos possam se sentir seguros para exercerem seus trabalhos com
criatividade, simplicidade, foco e comprometimento.
Vale pensar sobre isso.
Fontes
: O que não se ensina em Harvard Business School – Mark McCormack : Grandes
decisões sobre pessoas – Claudio Fernández-Aráoz