segunda-feira, 18 de junho de 2012

OS VERDADEIROS LÍDERES DAS MUDANÇAS

A empresa de consultoria McKinsey&Company, no final da década de 90, desenvolveu extensa pesquisa nos Estados Unidos com o propósito de identificar as razões porque algumas empresas foram capazes de mudar alcançando elevados níveis de desempenho enquanto outras falharam desastrosamente.

Esse trabalho foi desenvolvido por sete de seus destacados membros sob a coordenação de Jon Katzenbach e resultou na publicação da obra “Os verdadeiros líderes das mudanças” que conclui que o fator definitivo para transformações de organizações que alcançaram os mais altos níveis de desempenho não foi a “alta gerência”, mas sim profissionais de nível médio (RCL – Real Change Leaders) em posições intermediárias, que usando combinação de consistentes padrões de ações puderam inspirar e motivar a força de trabalho como um todo para implantar as mudanças que as colocaram em sintonia com as necessidades do mercado e possibilitaram seus crescimentos.

Nesse estudo ficou evidenciado que esse grupo de líderes, que se empenham em melhorar o desempenho dos negócios não apenas em seus aspectos financeiros, mas também nos relativos à responsabilidade social, apresentam algumas características comuns.

Essas características do perfil desses profissionais são as seguintes:

1 – Compromisso com as mudanças.  Compartilham compromisso aparentemente inesgotável e bem visível com as mudanças e acreditam piamente que o futuro da empresa depende delas. Entendem que sua participação é essencial para o sucesso da organização e envolvem-se com entusiasmo numa cruzada de satisfação pessoal.

2 – Coragem para desafiar as bases de poder existentes e normas. Eles desenvolvem coragem pessoal necessária para sustentar seu compromisso diante da oposição, ostensiva ou velada, daqueles que querem preservar o “status quo”. Não se assustam com as incertezas nem temem a possibilidade do fracasso assumindo riscos pessoais, têm convicção que se errarem podem começar de novo com o mesmo ânimo. Com essa postura de coragem contagiam os que os rodeiam.

3 – Iniciativa pessoal para ir além dos limites. Sempre tomam a iniciativa de trabalhar com os outros para resolver problemas inesperados, superar obstáculos, vencer resistências, pensar além dos paradigmas. Eventuais retrocessos não os desanimam a tentar de novo, e mais outra vez se necessário for. Naturalmente que são sensíveis à liderança superior, mas não esperam por ela para agir. São proativos.

4 – Auto motivados e motivadores. Além de serem altamente motivados são capazes de motivar outros à sua volta. Inspiram e criam clima de excitação e dinamismo contagiando outros com seus exemplos levando-os a assumir responsabilidade pessoal com as mudanças.

5 – Preocupam-se com os tratamentos dados às outras pessoas. Eles realmente se importam com as outras pessoas e com a forma que são tratadas, mas sem paternalismo e de forma racional. São justos e sensíveis sempre dispostos a orientar e ajudar aos outros a alcançarem sucesso no desempenho de suas atividades. Não manipulam as pessoas e nem tiram vantagem delas intencionalmente.

6 – São discretos. Têm consciência de que a arrogância e a autopromoção podem minar sua credibilidade e aceitação como lideres das mudanças. A discrição é uma de suas marcas.

7 – Mantém o senso de humor e calma em situações mais sensíveis. São capazes de manter a calma diante de situações que levam muitos a perder a cabeça. Conservam o senso de humor mesmo em ocasiões que os envolvam pessoalmente.

Os verdadeiros líderes das mudanças buscam acima de tudo os resultados de desempenho. Estabelecem padrões elevados tanto para si mesmos quanto para seus líderes. Seu sucesso é determinado por outros fatores além dos valores financeiros e esperam que a alta gerência faça o mesmo. Ética equilibrada de desempenho de acordo com seus pontos de vista significa ser tão rigoroso em relação aos resultados de desempenho que beneficiem os clientes e a força de trabalho quanto aos resultados que aumentam o valor agregado aos acionistas. Para eles a luta por resultados só faz sentido dentro desse contexto.

Todos aqueles que trabalham em ambientes de mudanças e que têm a função de agentes de transformação não podem perder de vista essas constatações. A sensibilidade para essas situações pode fazer a grande diferença!

Vale a pena meditar...
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Fonte: Jon Katzenbach & Outros – “Os Verdadeiros Líderes das Mudanças”

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